domingo, 17 de janeiro de 2010

Há certas horas...


Há certas horas em que não precisamos de um amor. Não precisamos da paixão desmedida. Não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer. Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir. Alguém que ria de nossas piadas sem graça, que ache as nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça elogios sem fim, e que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionavel. Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado. Alguém que nos possa dizer: acho que você está errado, mas estou do seu lado. Ou alguém que apenas diga: sou seu amor, e estou aqui.

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