sábado, 16 de janeiro de 2010


Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair corrento e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e só vão ter algumas músicas repetindo no seu rádio: as nossas. Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo, o nome disso é "saudade", aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre! E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta esta estará muito bem trancada, se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos te ensinarão o que é "lágrimas", aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjoo que você vai sentir é "arrependimento", e a falta de fome que virá chama-se "tristeza". Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar como meus olhos encantados... Você encontrará a famosa "solidão". A partir daí o que acontecerá, chama-se "surpresa". E provavelmente o remédio para todas essas sensações acima é o tal do tempo em você tanto falava.

Um comentário:

  1. po que texto bem escrito, pior q me enquadrei nisso ai, ja fi mta burrada na vida...serve pra abri os olhos das pessoas. bjs

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